Catarata aumenta o risco de demência
A catarata é uma doença séria que compromete a visão e pode levar à cegueira. Mas você sabia que, além dos prejuízos visuais, ela também pode aumentar o risco de demência em pessoas acima dos 60 anos? Entenda melhor!
O que é catarata e o que diz o novo estudo
A catarata é caracterizada pelo embaçamento do cristalino (lente natural do olho). Ela compromete a capacidade de enxergar e pode deixar o paciente cego. Mais comum em pessoas acima dos 55 anos, a doença se manifesta através de uma mancha branca que pode ser vista a olho nu.
Apesar de grave, a catarata pode ser revertida, cirurgicamente. O procedimento, que só deve ser realizado por médicos especialistas no assunto, consiste na remoção do cristalino que é substituído por uma lente artificial, devolvendo nitidez à visão.
Muito indicada por oftalmologistas, agora pode se afirmar que essa cirurgia também traz benefícios cognitivos. De acordo com um estudo que foi realizado nos Estados Unidos pela Universidade de Washington, pacientes que fazem o procedimento de catarata apresentam 30% menos chance de desenvolver alguma demência após os 60 anos de idade.
Explicações científicas
De acordo com pesquisas anteriores, as perda de visão e auditiva são fatores de risco para o declínio cognitivo.
Sabe-se que uma pessoa com uma rotina ativa tem menos risco de desenvolver quadros de demência. Porém, também é sabido que uma pessoa com dificuldade para enxergar pode, consequentemente, se afastar de atividades laborais, prática de exercícios físicos e demais interações sociais ou atividades intelectuais que exijam boa visão. Diante disso, um paciente com catarata, que deixa de fazer suas tarefas diárias, está mais propenso às degenerações cognitivas.
Outra possível explicação está relacionada à fisiologia humana. Quando perdemos a visão, uma parte de nosso cérebro chamada córtex visual irá sofrer alterações porque passará a não receber mais informações (que antes eram enviadas pelo nervo óptico, através da visão). Como consequência disso, pode haver um encolhimento do cérebro, outro fator de risco da demência.
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